De janeiro a maio, 2.509 celulares foram recuperados em São Paulo, porém somente 1.025 retornaram aos donos, segundo a Secretaria de Segurança.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – Uma pesquisa recente revelou que apenas 30% dos celulares perdidos e encontrados são efetivamente devolvidos aos proprietários, segundo informações divulgadas pela prefeitura. A falta de conscientização da população e a dificuldade de identificação dos aparelhos são apontadas como os principais motivos para essa estatística preocupante.
Em contrapartida, a venda de aparelhos usados tem se mostrado uma alternativa cada vez mais popular entre os consumidores, que buscam economizar na compra de novos celulares. Com a crescente demanda por objetos tecnológicos, é essencial que medidas de segurança sejam adotadas para proteger os dados pessoais armazenados nos telefones, garantindo uma experiência segura e tranquila para os usuários. vida plena
Celulares: Aumento nas Apreensões e Devoluções na Capital Paulista
De janeiro a maio deste ano, um total de 2.509 aparelhos de telefones foram apreendidos devido a furtos ou roubos na cidade de São Paulo. No entanto, somente 1.025 desses objetos retornaram aos bolsos dos proprietários, representando uma taxa de 41% de recuperação. Esse número é inferior aos 46% registrados no mesmo período do ano anterior, de acordo com dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública).
A pasta, sob a liderança de Guilherme Derrite, não divulgou os números absolutos referentes a janeiro a maio de 2023. Em contrapartida, nos primeiros cinco meses de 2024, houve o registro de 58 mil celulares roubados na cidade, indicando uma redução de 24% em comparação ao ano anterior.
Os aparelhos recuperados fazem parte da Operação Mobile, uma iniciativa do governo estadual destinada a combater o roubo de celulares, concentrando esforços na devolução desses objetos aos seus legítimos donos. A secretaria ressalta que, embora alguns telefones possam ser devolvidos pela polícia fora do âmbito da operação, não há informações disponíveis sobre esses casos.
Ao abordar os desafios enfrentados na devolução dos objetos, a gestão Tarcísio destacou as dificuldades que impedem essa ação. A identificação do Imei, considerado o ‘RG do aparelho’, é crucial para garantir a devolução segura, sendo que qualquer alteração criminosa nesse número pode dificultar a rastreabilidade do objeto.
Além disso, o desinteresse dos proprietários, motivado por diversos fatores como a distância entre o local do crime e a residência atual, ou o recebimento de novos aparelhos por meio de seguradoras, também contribui para a baixa taxa de recuperação. A Polícia Civil ressalta que a devolução de um celular apreendido demanda uma investigação minuciosa para identificar o proprietário e proceder com a restituição.
Em casos nos quais os aparelhos são utilizados para atividades criminosas, a legislação determina que permaneçam apreendidos por cerca de 90 dias como prova, conforme estabelecido no Código de Processo Penal. A polícia utiliza todos os recursos disponíveis, incluindo intimações judiciais, para entrar em contato com os donos dos celulares e, caso não haja resposta, os dispositivos são encaminhados ao Judiciário para serem inutilizados.
Embora São Paulo demonstre esforços no combate a esse tipo de crime, ainda há carência de investimentos estruturais para aprimorar o processo de rastreamento do Imei. Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, destaca a falta de automatização nesse processo em comparação com o Piauí, onde iniciativas têm apresentado resultados expressivos na recuperação de celulares.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, impressionado com os resultados do Piauí, determinou a incorporação das práticas do estado nordestino no programa federal ‘Celular Seguro’. O delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria da Segurança Pública do Piauí, enfatiza que o combate ao roubo de celulares é uma prioridade, destacando a implementação de um projeto com múltiplos enfoques para lidar com essa questão.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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