Metais como cádmio e tungstênio estão associados ao acúmulo de cálcio nas artérias do coração, aumentando o risco de doenças cardiovasculares devido à exposição prolongada à poluição ambiental.
A poluição é um problema grave que afeta a saúde humana de várias maneiras. Um estudo publicado no periódico científico Journal of the American College of Cardiology revelou que a exposição a metais provenientes da poluição ambiental pode aumentar significativamente o risco de aterosclerose, condição que envolve a obstrução das artérias. Isso ocorre porque esses metais podem causar danos ao sistema cardiovascular, levando a problemas de saúde graves.
A poluição do ar e a contaminação do solo também são fatores importantes que contribuem para a exposição a esses metais nocivos. Além disso, a poluição do solo pode afetar a qualidade da água, tornando-a inadequada para consumo humano. É fundamental que tomemos medidas para reduzir a poluição e proteger a saúde pública. A conscientização e a ação são fundamentais para um futuro mais saudável.
Poluição: Um Fator de Risco para a Saúde Cardiovascular
A pesquisa realizada por cientistas da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos, revelou uma relação direta entre a presença de metais como cádmio, tungstênio e urânio no organismo e o acúmulo de cálcio nas artérias do coração, um marcador para o desenvolvimento de doenças e ataques cardíacos. Essa descoberta destaca a importância de considerar a poluição como um fator de risco para a saúde cardiovascular.
A exposição prolongada a esses metais, especialmente em áreas urbanas com alta poluição do ar, pode ser um fator crucial na progressão da aterosclerose, o nome técnico do processo de entupimento dos vasos. Além disso, a contaminação do solo e da água por esses metais também pode contribuir para a poluição do ar e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Metais Não Essenciais e o Risco de Doenças Cardiovasculares
Metais não essenciais ao corpo humano, como o cádmio e o tungstênio, mostraram uma correlação significativa com o aumento da calcificação arterial, processo que eleva a propensão a obstruções. Em pessoas com altos níveis de cádmio na urina, o acúmulo de cálcio nas artérias foi 75% maior ao longo da década observada, em comparação com aquelas com níveis mais baixos deste metal.
A presença desses metais no corpo pode contribuir para inflamação crônica, estresse oxidativo e disfunção endotelial, mecanismos que aceleram o processo de endurecimento arterial. Além disso, a poluição do solo e da água por esses metais também pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Populações Mais Expostas à Poluição
Certas populações parecem estar mais expostas a esses metais, como idosos, fumantes e pessoas de origem chinesa, que apresentaram níveis mais altos de metais como o tungstênio e o urânio. Além disso, moradores de cidades como Los Angeles, uma das áreas avaliadas, tiveram níveis particularmente elevados desses contaminantes.
A pesquisa se baseou em amostras de urina coletadas de adultos sem histórico de doenças cardiovasculares no início do estudo. Esses participantes foram monitorados ao longo de várias avaliações clínicas, nas quais foram medidos os níveis de calcificação arterial através de tomografias computadorizadas.
Redução da Poluição por Metais Pesados
Os autores da pesquisa ressaltam a necessidade de políticas públicas focadas na redução da poluição por metais pesados, especialmente em áreas urbanas com alta poluição do ar. A redução da contaminação do solo e da água por esses metais também é fundamental para minimizar o risco de doenças cardiovasculares. A conscientização sobre a importância da redução da poluição é essencial para proteger a saúde cardiovascular da população.
Fonte: @ Veja Abril
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