Qualificação focada em urgências obstétricas e neonatais para a população indígena Yanomami, incluindo triagem, nutrição e assistência primária.
Profissionais de saúde que trabalham na Terra Indígena Yanomami estão passando por treinamentos para aprimorarem o atendimento em situações de emergência obstétrica e neonatal, além de aperfeiçoarem o diagnóstico e tratamento da malária, visando melhorar a avaliação nutricional da comunidade. Os cursos têm a duração de 10 dias e serão concluídos na próxima quinta-feira (27).
No segundo parágrafo, é fundamental destacar a importância dos cuidados de saúde preventivos para garantir o bem-estar da população local. A medicina preventiva desempenha um papel crucial na promoção da qualidade de vida e na prevenção de doenças, contribuindo para a construção de uma comunidade mais saudável e resiliente.
Saúde e Bem-Estar na Terra Indígena Yanomami
Em comunicado, o Ministério da Saúde compartilhou que o treinamento tem como principal enfoque a promoção da saúde e dos cuidados de saúde de urgências e emergências obstétricas, neonatais e infantis na atenção primária. Um total de 70 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que prestam serviços na Terra Indígena Yanomami, na maternidade da Casa de Saúde Indígena (Casai) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), estão participando dessas capacitações.
A formação visa reduzir a mortalidade materna causada por complicações como hemorragias pós-parto, infecções puerperais/sepse e eclâmpsia. Além disso, o treinamento aborda questões relacionadas a emergências obstétricas, cuidados no momento do parto, reanimação e transporte de recém-nascidos, juntamente com a qualificação para a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância, conforme ressaltado pelo Ministério.
No que diz respeito à malária, o Ministério da Saúde destaca a realização de um segundo curso, também ministrado na Terra Indígena Yanomami, com o objetivo de reciclar os profissionais de saúde no que se refere à prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Durante o treinamento, são revisadas práticas como a compreensão do ciclo da doença, reconhecimento dos sintomas, métodos de diagnóstico como exames clínicos e testes rápidos, bem como a coleta de amostras.
No contexto da formação, os profissionais de saúde terão a oportunidade de interagir com líderes indígenas e curandeiros tradicionais para compartilhar conhecimentos sobre os cuidados de saúde e a maneira como os povos indígenas lidam com a doença. Aspectos como adesão ao tratamento, administração de medicamentos e particularidades do povo yanomami são abordados, juntamente com práticas de educação em saúde, como controle ambiental, notificação e registro de casos.
Abordando a triagem nutricional, o Ministério ressalta que a identificação e prevenção da desnutrição são o foco das aulas destinadas aos agentes de saúde. O objetivo é fortalecer práticas que permitam identificar os fatores determinantes da desnutrição. O curso destaca a importância de ações de assistência, como medição de temperatura e altura, pesagem e realização do teste de perímetro braquial.
Dados da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) revelam que a Terra Indígena Yanomami é a maior reserva indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e cerca de 30 mil indígenas, destacando a importância dos cuidados de saúde e da promoção do bem-estar nesse contexto.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo