Papéis agrupados podem ter baixa expressividade no valor de mercado da bolsa de valores. Entenda o movimento.
A partir da próxima segunda-feira, dia 27 de maio, a Revista Luiza passará a ser negociada de forma exclusivamente grupada, na proporção 10 para um. Quer dizer, os papéis, que rondam R$ 1,35 nesta sexta-feira (24), serão agrupados de forma que cada 10 hoje corresponderão a um a partir do próximo pregão. E isso está provocando uma baixa expressiva no valor da Revista Luiza.
Os investidores estão atentos às mudanças na ação da Magalu (MGLU3), que está passando por essa reestruturação. A expectativa é que a nova forma de negociação traga mais dinamismo e liquidez para o mercado, impactando diretamente no desempenho da Magazine Luiza. É importante acompanhar de perto os movimentos do mercado para tomar decisões estratégicas e aproveitar as oportunidades que surgirem.
Revista, Luiza; MGLU3, ação, da Magalu;
Perto das 11h30, a ação da Magalu recuava 3,52%, sendo cotada a R$ 1,37, o que a colocava como a maior baixa do Ibovespa. Mas será que esse grupamento resultará em uma valorização do papel? Nem sempre. Apesar do aumento no valor nominal (o número atual no momento mencionado) da ação a partir da próxima semana, seu valor real (o valor ajustado que reflete a importância do ativo ao longo do tempo) ainda está sujeito ao movimento no mercado de ações.
É importante notar que quem possui 100 ações da Magazine Luiza em sua carteira hoje terá apenas 10 ações na semana que vem. Na prática, cada ação representa uma parte do capital da empresa e, portanto, seu valor flutuará de acordo com a avaliação que o mercado faz do ativo. Assim, o que mudará é a quantidade de ações da empresa, não o seu valor de mercado. Portanto, mesmo que o valor nominal da ação aumente, seu valor real ainda pode diminuir se o movimento de queda persistir até o final do pregão de hoje.
O anúncio do grupamento foi feito pela Magalu há um mês, mas hoje é o último dia para os investidores revisarem suas posições e estratégias. Em um cenário pessimista para o varejo, muitos podem estar optando por sair, acreditando que não há espaço – pelo menos não tão rapidamente – para a valorização do papel.
Outro aspecto a se considerar nesse cenário é a tendência de empresas em dificuldades atrair especuladores. Esses investidores estabelecem posições vendidas nas ações, uma estratégia que visa lucrar com a queda do valor do ativo. Inicialmente, isso exerce pressão de baixa sobre o preço da ação, mas o mais significativo é que aumenta a volatilidade do valor das ações, especialmente devido à abordagem de curto prazo. É provável que esse seja o caminho que a Magazine Luiza terá que percorrer nos próximos meses, até que a situação da empresa se estabilize.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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