Moradores de Cachoeirinha e da capital são vítimas de calamidade pública na saúde, segundo Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde.
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou mais dois óbitos por leptospirose relacionados às enchentes ocorridas no estado. Os falecidos são dois homens, de 56 e 50 anos, residentes em Cachoeirinha e na capital Porto Alegre. Segundo comunicado oficial, a confirmação foi feita após o resultado positivo de amostras analisadas pelo Laboratório Central (Lacen) do estado.
Diante do aumento de casos de leptospirose e outras doenças infecciosas em regiões atingidas pelas enchentes, é fundamental que a população esteja atenta aos sintomas e busque atendimento médico imediato. O tratamento da leptospirose é medicamentoso, sendo essencial seguir as orientações dos profissionais de saúde para uma recuperação eficaz.
Leptospirose: A Importância da Saúde Pública na Prevenção e Tratamento
O óbito do residente de Cachoeirinha ocorreu em 19 de maio. Já a morte do morador da capital ocorreu em 18 de maio. Os outros dois óbitos registrados anteriormente e relacionados ao período de enchentes aconteceram nos municípios gaúchos de Venâncio Aires e Travesseiro. Há ainda quatro mortes em investigação para a doença nas cidades de Encantado, Sapucaia, Viamão e Tramandaí. Apenas em maio, o estado já confirmou 54 casos da doença. Outros casos e óbitos já haviam sido registrados antes do período de calamidade pública enfrentado pelo Rio Grande do Sul. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2024, até 19 de abril, foram contabilizados 129 casos e seis óbitos. Já em 2023, foram 477 casos e 25 óbitos.
Leptospirose: Desafios no Diagnóstico e Tratamento da Doença Infecciosa
Mesmo que a leptospirose seja uma doença endêmica, com circulação sistemática, episódios como alagamentos aumentam a chance de infecção. Por isso, é importante que a população procure um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios, destacou a Secretaria de Saúde.
Entenda A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode estar presente na água ou lama de locais com enchente. O contágio pode ocorrer a partir do contato da pele com água contaminada, além de mucosas. Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias.
Leptospirose: Tratamento Medicamentoso e Prevenção Eficiente
Considerando o atual cenário de chuvas e cheias em várias regiões do estado, casos suspeitos oriundos de área de alagamento e com sintomas compatíveis com leptospirose devem iniciar tratamento medicamentoso imediato. Quando possível, deve ser coletada amostra a partir do sétimo dia do início dos sintomas para envio ao Lacen, destacou a Secretaria de Saúde. O tratamento com o uso de antibióticos deve ser iniciado no momento da suspeita por parte de um profissional de saúde. Para casos leves, o atendimento é ambulatorial. Em casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada.
Leptospirose: Medidas de Limpeza e Prevenção Recomendadas pela Secretaria de Saúde
Em locais invadidos por água de chuva, a recomendação da Secretaria de Saúde é fazer a desinfecção do ambiente com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo de água sanitária para um balde de 20 litros de água. Outras medidas de prevenção são: manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados, manter a cozinha limpa sem restos de alimentos e retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer. Além disso, manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais são medidas que ajudam a prevenir a propagação da leptospirose.
Fonte: @ Agencia Brasil
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