Diretor de política monetária reforçou compromisso com meta de inflação e autonomia, destacando a importância da Comissão de Assuntos Econômicos e do horizonte relevante para o povo.
O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que o presidente Lula (PT) sempre respeitou a independência do Banco Central na tomada de decisões. Essa liberdade é fundamental para que a instituição possa exercer suas funções de forma eficaz.
Com a indicação de Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central no fim do ano, há expectativa de que a autoridade monetária continue a desempenhar seu papel de forma autônoma. A autarquia tem um papel crucial na regulação da economia e na manutenção da estabilidade financeira do país. A confiança no Banco Central é essencial para o crescimento econômico sustentável.
Autonomia do Banco Central
Durante a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o diretor de política monetária do Banco Central, Galípolo, enfatizou que a função de presidente do Banco Central deve ser orientada exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro. Ele destacou que a autonomia concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central é fundamental para a tomada de decisões. ‘Toda vez que encontrei o presidente Lula, ouvi de forma enfática a garantia da liberdade na tomada de decisões’, afirmou Galípolo.
Ele também mencionou que as conversas com os senadores foram no sentido de assegurar a liberdade na gestão e reafirmar o compromisso com o mandato estabelecido para o Banco Central. ‘Devo aos senadores a obrigação de reafirmar o compromisso com o mandato estabelecido para o BC’, disse. Além disso, Galípolo reforçou que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro. ‘Cada ação e decisão deve ser ao interesse do bem-estar do povo brasileiro’, enfatizou.
Compromisso com a Meta de Inflação
Galípolo também reforçou que a atuação do Banco Central tem sido focada em perseguir a meta da inflação. ‘A atuação do BC tem sido a inequívoca perseguição da meta de inflação’, afirmou. Ele mencionou que as projeções de crescimento do Banco Central para o país têm sido sistematicamente revistas para cima. Além disso, existem diversos estudos que tentam explicar por que isso está acontecendo.
O diretor também destacou que o horizonte relevante que o Banco Central está olhando tem uma desancoragem que os incomoda. ‘O horizonte relevante que a gente está olhando tem uma desancoragem que nos incomoda’, afirmou. Ele reforçou que as expectativas desancoradas e o mercado de trabalho mais apertado são condições que parecem mais adversas no câmbio.
Objetivos do Banco Central
O objetivo perseguido pelo Banco Central para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) é de 3% para 2024 e 2025, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, o limite tolerado é de 4,5% ao ano. Segundo as últimas projeções do Boletim Focus, o país deve encerrar 2024 com inflação de 4,38% e 2025 de 3,97%, portanto, dentro do limite tolerado.
Reconhecimento do Brasil no Cenário Internacional
Galípolo também afirmou que o Brasil hoje é reconhecido por sua estabilidade monetária e financeira. Embora tenha reconhecido que o país está sempre sujeito a momentos mais desafiadores, ele disse que o país tem uma oportunidade histórica de se apresentar como um destino atrativo para empreendedorismo e inovação voltado para economia sustentável. O Banco Central, como autarquia e autoridade monetária, tem um papel fundamental nesse processo.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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