Copa do Mundo na Coreia reúne brasileiros da seleção e pessoas sem-teto, das ruas às favelas.
Resumo Edição de 2024 da Copa do Mundo dos Sem-Teto acontece em Seul e reúne 64 equipes. Seleção brasileira prefere chamar a modalidade de ‘futebol social’ ao invés de ‘futebol sem-teto’, que reforça preconceitos, associando a modalidade somente a quem mora na rua. Brasil é tricampeão do torneio Mundial. Jogadores da seleção brasileira em 2013, ano em que se tornaram bicampeões mundiais em Poznan, na Polônia.
Na edição de 2024 da Homeless World Cup, a Seleção brasileira busca mais um título Mundial para sua coleção. A equipe demonstra grande entrosamento e determinação para conquistar a Copa do Mundo dos Sem-Teto em Seul. O Brasil tem um histórico de sucesso nessa competição, sendo tricampeão e mostrando seu domínio no futebol social. Em 2013, os jogadores brilharam em Poznan, na Polônia, conquistando o bicampeonato Mundial.
Mundial: Seleção Brasileira de Futebol de Rua Convocada para Copa do Mundo
Saiu a convocação da seleção brasileira de futebol de rua para o Mundial que acontece em Seul, capital da Coreia do Sul, no final de setembro. O time, composto por três mulheres e cinco homens entre 16 e 20 anos, representará o Brasil na Homeless World Cup. A equipe mista buscará o quarto título no torneio.
As seleções têm a possibilidade de inscrever até oito jogadores, podendo formar times masculinos, femininos ou mistos. Guilherme Araújo, diretor executivo da Futebol Social, responsável pela organização da seleção brasileira, destaca a importância de incluir as meninas no time: ‘Quando a gente vai com um time só, nunca deixamos as meninas de fora’.
Os convocados e convocadas são:
– Jéssica Monteiro, 16 anos, Ceará.
– Levi Charles, 17 anos, Ceará.
– Riane Karen, 18 anos, Bahia.
– Anna Carolina, 18 anos, Rio de Janeiro.
– Guilherme Temístocles, 18 anos, Distrito Federal.
– Raurisson da Silva, 18 anos, Pará.
– Andrew Vitor, 19 anos, Amazonas.
– Matheus do Carmo, 20 anos, Rio de Janeiro.
Antes de partirem para a Coreia, a seleção brasileira se prepara em Bertioga, no litoral paulista, e São Roque, no interior do estado. Araújo destaca a diversidade do grupo, composto por jovens vindos de favelas, comunidades quilombolas e ribeirinhas, representando o público que a Futebol Social busca impactar.
Os jogos do Mundial têm duração de dois tempos de 7 minutos, com as balizas medindo quatro metros de largura por 1 metro e 30 centímetros de altura.
Copa do Mundo: Reflexões sobre o Futebol Social e a Importância da Inclusão
A Homeless World Cup, realizada anualmente desde 2003, foi inicialmente chamada de ‘futebol sem-teto’. No entanto, essa denominação pode ser limitante, associando a falta de moradia apenas àqueles em situação de rua, enquanto a questão habitacional é mais abrangente.
Alguns países, como o Chile, optam por chamar o torneio de ‘futebol de rua’, ressaltando a ligação direta com o ambiente de origem da modalidade. Já o Brasil adota o termo ‘futebol social’ para representar sua abordagem inclusiva.
A nível global, a Copa do Mundo adota o termo ‘homeless’, em inglês, que significa ‘morador de rua’. Guilherme Araújo ressalta a importância de reconhecer a diversidade das realidades dos participantes, que podem viver em condições precárias, mas não se identificam necessariamente como ‘sem-teto’.
Algumas regras específicas da modalidade incluem a proibição de atletas que competiram em edições anteriores e a presença de quatro jogadores em quadra, sendo três na linha e um goleiro. Os jogos são disputados em quadras de 16 x 22 metros, com o gol medindo quatro metros de largura por 1 metro e 30 centímetros de altura. Uma das peculiaridades é a restrição do goleiro de sair da área, que é exclusiva para sua atuação, e a proibição de jogadores do mesmo time adentrarem nela.
Fonte: @ Terra
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