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Relatora identifica crime em vídeo de senador difamando vice-procuradora da República nas redes sociais em conversa para comprar instituto.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (4) tornar réu o senador Sergio Moro (União-PR) pelo crime de difamação contra o ministro Gilmar Mendes. Em abril de 2023, o parlamentar foi denunciado pela então vice-procuradora da República Lindôra Araújo após o surgimento de um vídeo nas redes sociais.
A acusação de difamação contra o senador Sergio Moro ganhou destaque nos meios de comunicação, gerando repercussão nacional. A defesa do parlamentar alega que as declarações feitas não configuram calúnia e são baseadas em informações verídicas, buscando provar que não houve intenção de propagar uma informação falsa.
Escândalo de difamação envolvendo Moro e vice-procuradora da República
Em uma gravação polêmica, o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, é flagrado em uma conversa suspeita com indivíduos não identificados. Durante o diálogo, que supostamente ocorreu em 2022, Moro fez uma declaração chocante: ‘Não, isso é fiança, um instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes’. Essas palavras ecoaram de forma perturbadora nas redes sociais, gerando um alvoroço entre os internautas.
A situação se agravou quando a vice-procuradora da República, ministra Cármen Lúcia, analisou a gravação e afirmou que havia indícios de difamação e calúnia, configurando um possível crime. Seguindo o voto da relatora, o colegiado decidiu por unanimidade pela abertura de uma ação penal contra Moro. A ministra ressaltou que a conduta do ex-ministro consistiu em difamar falsamente um magistrado do Supremo Tribunal Federal, o que é considerado um crime grave.
O veredito foi apoiado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes, que concordaram com a gravidade das acusações de difamação. Durante o julgamento, o advogado de defesa de Moro, Luiz Felipe Cunha, argumentou pela rejeição da denúncia, alegando que seu cliente já havia se retratado publicamente. O advogado justificou que Moro fe fez um comentário infeliz em um contexto descontraído, durante uma festa junina, onde brincava sobre a possibilidade de comprar sua liberdade de forma jocosa.
O escândalo de difamação envolvendo Moro e a vice-procuradora da República continua repercutindo nas redes sociais e na opinião pública, levantando questões sobre ética e conduta no cenário político brasileiro. A sociedade aguarda ansiosa por desdobramentos e esclarecimentos sobre esse caso que abalou as estruturas do poder judiciário.
Fonte: @ Agencia Brasil
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