Erica, investigada por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto por fraude. Gritante, omissão de socorro, testemunhas com contato visual, declarações novas, registro de ocorrência. Detida preventivamente. Agente e flags-de-inquérito apresentados.
A polícia do Rio de Janeiro realizou uma nova acusação contra Érika de Souza Vieira Nunes, parente do idoso que foi encontrado morto em um banco enquanto tentava solicitar um empréstimo de R$ 17 mil. De acordo com relatos publicados pelo g1 nesta terça-feira (30), agora há suspeitas adicionais de homicídio culposo envolvendo a mulher.
Além disso, as autoridades investigam a possibilidade de homicídio culposo, uma vez que o crime foi cometido sem a intenção de tirar a vida da vítima. É importante que todos os aspectos relacionados a esse caso de homicídio sejam minuciosamente examinados para garantir a justiça e a verdade dos fatos.
Investigação aponta novas evidências de homicídio culposo
Érika permanece detida preventivamente em Bangu desde a data de sua prisão em flagrante, no dia 16 de abril, quando foi constatado o falecimento de Paulo Roberto Braga, de 68 anos. Além das acusações iniciais de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver, surge uma nova linha de investigação que aponta para um possível homicídio culposo.
Nos documentos que marcam o encerramento da primeira fase das investigações, o delegado Fabio Luiz Souza destaca a ‘gritante omissão de socorro’ por parte de Érika. Segundo relatos das testemunhas que presenciaram a cena e tiveram contato visual com a vítima, fica evidente que a acusada deixou de agir em um momento crucial.
De acordo com as declarações, no dia 16/4/2024, em meio a uma situação de perigo de vida extremo para Paulo, ao invés de buscar ajuda imediata, Érika optou por se dirigir a um shopping. Essa omissão de socorro, em um momento crítico, levanta suspeitas e motiva a abertura de um novo registro de ocorrência relacionado ao possível homicídio culposo.
Novas provas apontam para a simulação de Érika
Além da omissão de socorro, novas evidências surgem na investigação, sugerindo que Érika teria simulado a situação de Paulo de forma premeditada. O delegado aponta que a acusada realizou ações que indicam seu conhecimento prévio da morte de Paulo, visando benefícios pessoais.
Érica teria tentado transferir fundos da vítima para sua própria conta e também efetuar saques indevidos. A cena descrita pelo delegado dentro de uma agência bancária revela um teatro macabro, onde Érika teria manipulado o corpo de Paulo para simular que estava vivo.
Durante a espera por atendimento, as testemunhas presentes puderam observar a encenação da acusada, que segurava o pescoço de Paulo para manter a cabeça erguida, num esforço claro de enganar os presentes. Essa encenação meticulosa, que perdurou por minutos, levanta questões sobre a real intenção e conhecimento de Érika sobre o estado de Paulo.
Desfecho inconclusivo e impacto nas investigações
Apesar das reviravoltas no caso, a causa da morte de Paulo permanece sem resolução definitiva até o momento. Um laudo inconclusivo impediu uma resposta clara, enquanto o sepultamento do corpo do idoso aconteceu sem que todas as dúvidas fossem dissipadas.
O relato do delegado salienta a certeza de que Érika tinha pleno conhecimento da morte de Paulo no momento em que adentrou o banco com o cadáver. A simulação de vida, a interação falsa e as ações deliberadas traçam um perfil perturbador da acusada, levantando questionamentos sobre os limites da crueldade humana. O desfecho desse caso ainda permanece incerto, enquanto a investigação continua a desvendar as nuances sombrias que cercam o trágico falecimento de Paulo.
Fonte: @ Hugo Gloss
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